PROJETO TRANSVERSAIS DO TEMPO UNE SHOWS E DEBATES NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO  

Terceira edição do evento discute o lugar do artista como pensador da cultura e inclui apresentações de Iara Rennó, Zé Miguel Wisnik e Makely Ka

 Após edições de sucesso em 2012 e 2014, o projeto Transversais do Tempo retorna ao Rio de Janeiro para quatro dias de shows e debates na CAIXA Cultural, entre os dias 22 e 25 de fevereiro (quinta a domingo), sempre às 19h. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

O evento aposta na mistura de talentos para discutir e repensar as tradições e as renovações da música popular brasileira, promovendo encontros entre Passo Torto e Ilessi (22, quinta); Pedro Sá Moraes e Dexter (23, sexta); Makely Ka e Iara Rennó (24, sábado); e Zé Miguel Wisnik e Kristoff Silva (25, domingo), com curadoria de Marcos Lacerda (Doutor em Sociologia, editor da revista Polivox e diretor do Centro de Música da Funarte) e Thiago Thiago de Mello (compositor, Doutor em Ciências Sociais pela UERJ e locutor/roteirista do Rádio Chama, na Roquette Pinto FM).

Em cada dia, os artistas dividirão o palco e participarão de acalorados debates mediados pela apresentadora Roberta Martinelli, idealizadora do programa Cultura Livre (TV Cultura). Entre uma música e outra, Roberta lançará perguntas e questionamentos, promovendo uma reflexão sobre o encontro dos artistas, suas carreiras e suas relações com a música e o mercado. Assim, as apresentações tornam-se ricas e únicas, possibilitando que o público reflita sobre todas essas questões, além da fruição estética.

“Há uma diversidade temática e estética que é representativa em vários aspectos: temos, por exemplo, Dexter, representando o hip-hop, artistas representando o indie rock e outros relacionados à tradição da MPB”, aponta o curador Marcos Lacerda.

Os quatro encontros serão gravados, editados e disponibilizados num canal apropriado na internet sob o formato de uma web-série (em 4 episódios).

O projeto:

Transversais do Tempo é um projeto idealizado por Pedro Sá Moraes (compositor, Mestre em Ciência da Literatura pela UFRJ e um dos criadores do programa Rádio Chama), que também assina a direção artística. Seu nome foi inspirado no disco homônimo de Elis Regina, servindo como uma espécie de metonímia para representar toda a grande tradição da música popular brasileira que, naquele período, foi entronizada como a grande forma artística brasileira por excelência.

“O Transversais do Tempo vem buscando refletir que tipo de relevância e importância a canção popular tem diante das questões contemporâneas da nossa sociedade, cultura e arte”, lembra Pedro.

Em suas edições anteriores – realizadas em 2012, no Sesc-RJ, e em 2014, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília e Salvador – o projeto contou com nomes como Vladimir Carvalho, José Jorge Carvalho, Leonardo Lichote, Eduardo Losso, Antonio Jardim e Paulo da Costa e Silva, além da presença de artistas como Armando Lobo, Thiago Amud, Pedro Sá Moraes e Escambo.

Programação:

22 de fevereiro (quinta)

Passo Torto e Ilessi

23 de fevereiro (sexta)

Pedro Sá Moraes e Dexter

24 de fevereiro (sábado)

Makely Ka e Iara Rennó

25 de fevereiro (domingo)

Zé Miguel Wisnik e Kristoff Silva

Sobre os artistas:

Passo Torto

A banda é a união dos músicos e compositores Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e Romulo Fróes. Com referências distintas, partem do samba – influência decisiva no trabalho pessoal de cada um, experimentando novas possibilidades para o gênero e a própria música brasileira. O quarteto paulistano conta com três discos lançados: Passo Torto (2011), Passo Elétrico (2013) – estes dois, vencedores do Prêmio da Música Brasileira, e o mais recente Thiago França (2015), em que dividem o disco com a cantora Ná Ozzetti, influência declarada do grupo.

Dexter

Conhecido pelos fãs como 8° Anjo, Dexter é referência no hip hop nacional desde os anos 90, quando fundou o grupo 509-E. O apelido foi inspirado no filho de Martin Luther King Jr, Dexter Scott King, e significa: destro, direito, correto, sagaz e ligeiro, qualidades que, segundo Dexter, são indispensáveis para sobreviver na periferia.

Com 26 anos de carreira, suas primeiras composições foram inspiradas pelos grupos Public Enemy, NWA, Kool Moe Dee e Racionais MC’s. Para ele, a música é uma ferramenta de disseminação de cultura, conhecimento e valores, e é graças a ela que, há 5 anos em liberdade, tem visto sua vida mudar. Já lançou três DVDs em uma série chamada Dexter & Convidados, em que contou com participações mais que especiais como: Ed Motta, Vanessa Jackson, Rappin Hood, dentre muitos outros.

 Makely Ka

Um dos mais requisitados compositores de sua geração, Makely Ka pode ser ouvido em dezenas de discos gravados por intérpretes no Brasil e no exterior. Já tocou nos principais palcos nacionais e excursionou por Portugal, Espanha, Dinamarca, Lituânia, Turquia, Grécia e México.

Como intérprete de suas próprias canções destaca-se pela sua voz grave e uma pegada peculiar no violão, além da auto-ironia e sarcasmo sempre presentes nas apresentações ao vivo. Atualmente prepara o lançamento de seu novo álbum, intitulado Triste Entrópico, resultado de suas viagens e experiências multiculturais nos últimos anos.

Kristoff Silva – Foto Jennifer Souza

Kristoff Silva

É compositor, professor de teoria musical e autor de trilhas para teatro, poesia e dança. Possui três CDs lançados: Deriva (2013), Em Pé No Porto (2007) e A Outra Cidade (este em parceria com Makely Ka e Pablo Castro- 2003), além do DVD Ao vivo na Casa da Ópera, com participação de Ná Ozzetti (2008). Dentre os prêmios recebidos e seleções mais importantes estão Petrobrás Cultural e Natura Musical.

Escreveu o Livro de Partituras de Zé Miguel Wisnik e é um dos violonistas responsáveis pelo Cancioneiro Elomar, com 14 cadernos de partituras do compositor. Apresentou-se em espaços e eventos internacionais como: Casa da Música (Porto, Portugal), Mercat Musica Viva (Vic, Espanha), Le Poisson Rouge (New York, USA), South by Southwest, (Austin, USA), Erupt Lake Festival, (Taupo, Nova Zelândia), dentre outros.

Zé Miguel Wisnik

José Miguel Wisnik é ensaísta, músico e professor aposentado de Literatura brasileira na USP. É autor, entre outros livros, de O som e o sentido – Uma outra história das músicas (1989) e Sem receita – Ensaios e canções (2004). Compôs música para cinema (Terra estrangeira), teatro (As BoasHamlet e Mistérios Gozozos, para o Teatro Oficina) e dança (NazarethParabeloOnqotô e Sem Mim, para o Grupo Corpo). Lançou cinco CDs de canções de sua autoria (José Miguel WisnikSão Paulo, RioPérolas aos poucosIndivisível e Ná e Zé).

Iara Rennó

Cantora, instrumentista, produtora musical, performer, atriz, poeta e compositora, Iara Rennó tem hoje 86 músicas gravadas e lançadas em álbuns físicos, seus e de terceiros, tendo entre seus interprétes Elza Soares, Ney Matogrosso, Gaby Amarantos, Jaloo, entre outros.

Durante o ano de 2017, fez o lançamento do primeiro mini-doc sobre seu trabalho, Afiando a Flecha; circulou com diferentes formatos de shows pelo Brasil; iniciou o projeto #Feminística; estreou no cinema com uma participação no filme A Moça do Calendário (de Helena Ignez); gravou pela TV Rá Tim Bum o programa Pratinho da Iaiá, seu primeiro trabalho na TV direcionado ao público infantil (estreia prevista para março de 2018); e encerrou o ano cantando com Elza Soares – a cantora do milênio e musa de ARCO e FLECHA, álbuns gêmeos lançados por Iara em 2016.

Pedro Sá Moraes

Com 38 anos, Pedro Sá Moraes é um cantor, compositor e multi-instrumentista natural do Rio de Janeiro. Vencedor do Prêmio Profissionais da Música de 2016 (PPM) na categoria Melhor Cantor, o artista começou sua carreira musical no início dos anos 2000 como intérprete de samba. Membro da geração que renovou o gênero a partir do bairro carioca da Lapa, Pedro compartilhou, ao longo de vários anos, o palco, a estrada e os estúdios com mestres do gênero, como Nelson Sargento, Wilson Moreira, dentre outros.

Seu primeiro álbum solo, Claroescuro, foi eleito um dos dez melhores discos de World Music de 2010 pelo Boston Globe. Ao longo da última década, vem criando e promovendo uma série de eventos, festivais e mostras que dão visibilidade a uma talentosa nova geração de artistas brasileiros.

Ilessi – Foto Rogerio Von Kruger

Ilessi

Original de Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Ilessi (nome Iorubá, originalmente escrito “Ilé Si”, significa “Casa do ser, do existir”) é cantora e compositora. Atua como cantora desde 1998, se apresentando em todo Brasil e em países como França, Suécia e Inglaterra.

Tem produzido e participado de vários eventos relacionados a temática da mulher na música, como o Sonora – Ciclo Internacional de Compositoras e a mostra Essa Mulher. É integrante do grupo LUA – Livre União de Autoras, junto com Carla Capalbo, Iara Ferreira, Milena Tiburcio e Luana Dias, e do Coletivo Essa Mulher, com Aline Gonçalves, Carol Panesi e Marcela Velon. Em fevereiro de 2017 gravou seu segundo CD, Mundo Afora: Meada, com músicas de novos compositores de todas as regiões do Brasil. O álbum tem direção musical de Thiago Amud e lançamento previsto para abril de 2018.

  • Serviço:
  • Transversais do Tempo III
  • Data: de 22 a 25 de fevereiro de 2018 (quinta a domingo)
  • Horário: 19h
  • Duração: 90 min
  • Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena
  • Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca)
  • Telefone: (21) 3980-3815
  • Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia
  • Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 13h às 20h
  • Lotação: 226 lugares (mais 4 para cadeirantes)
  • Classificação Indicativa: Livre
  • Acesso para pessoas com deficiência
  • Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

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