Aos 22 anos, o fotógrafo esportivo Marlon Amorim, natural de Rio Grande (RS), vem se destacando por seu olhar sensível e marcante dentro dos gramados. Dono de um portfólio que já inclui coberturas de Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão Séries A, C e D, Marlon vem conquistando espaço e reconhecimento em meio aos grandes nomes da fotografia esportiva brasileira.
Em conversa com a reportagem, o jovem falou sobre sua trajetória, o carinho do público, os desafios da profissão e os sonhos que ainda quer realizar.
Como começou sua história com a fotografia esportiva?
Comecei em setembro de 2022. Sempre fui apaixonado por futebol e, de certa forma, tudo o que sonhei em viver como jogador acabei vivendo por outro caminho, com a câmera nas mãos. A fotografia me levou a estádios, grandes jogos e momentos que jamais imaginei estar tão perto. Sou muito grato por tudo o que vivi até aqui.
Você já participou de grandes competições. Como é estar tão perto de atletas e clubes que muitos só veem pela TV?
É uma sensação única. Já estive em jogos de Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Cada clique é uma mistura de emoção, responsabilidade e amor pelo que faço. A fotografia me permite eternizar momentos que passam em segundos, mas ficam marcados pra sempre.
O que você acredita que faz seu trabalho se destacar?
Acho que o que me faz ter destaque é a minha forma simples de ser, o respeito que tenho pelas pessoas e a minha humildade. Passei por muitas dificuldades na vida, e isso me ensinou a me colocar no lugar dos outros. Tento levar isso comigo em tudo o que faço, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
A gente vê que boa parte do teu público é formada por crianças e adolescentes que te admiram. Como é essa relação?
É verdade, e eu gosto muito disso. As crianças têm um carinho e uma pureza que me emocionam. Elas me reconhecem, pedem fotos, comentam meu trabalho nas redes… é algo muito especial. Me divirto muito com elas e com os pais também, eles valorizam demais o que eu faço e me tratam com muito respeito. Isso me motiva a continuar e a querer sempre entregar o meu melhor.
Você esteve em um jogo em que o Neymar estava literalmente do seu lado. Por que não pediu uma foto com ele?
Isso é algo que muita gente me perguntou. Mas como fotógrafo, a gente precisa ter ética. Aquele espaço é criado para os atletas, e não podemos atrapalhar o trabalho deles em campo. É preciso ter conduta. Claro que eu queria uma foto com o Neymar, ele é um dos maiores jogadores da seleção brasileira. Até entrei em contato com alguns amigos dele, mas naquele dia ele acabou sendo expulso e isso dificultou tudo. Faz parte do trabalho respeitar os limites e a profissão deles.
Você sente que há algo que poderia ter feito no passado e que te ajudaria hoje?
Acredito que não. Na vida, não há tempo para arrependimento. Tenho que pensar no hoje. O que eu fiz ou deixei de fazer passou. O importante é o agora. Hoje, meu único medo é não demonstrar o suficiente o quanto eu amo as pessoas que estão à minha volta. Elas sim são importantes pra mim, acima de tudo. Trabalho, dinheiro, visibilidade… tudo isso se conquista. Agora, pessoas são únicas. Por isso, gosto de estar sempre na presença de boas pessoas, que me fazem bem e me inspiram a continuar.
Com apenas 22 anos, você já tem uma trajetória admirável. Como enxerga seu futuro?
Eu sou muito novo, tenho uma vida inteira pela frente e muita coisa boa ainda vai sair de mim. Quero compartilhar isso com as pessoas que amo, aprender coisas novas e continuar evoluindo. Gosto muito do que faço, mas também entendo que a vida é feita de descobertas. Não posso dizer que será pra sempre, mas, por enquanto, é o que me faz feliz.
E quais são seus próximos objetivos?
Meu maior sonho é fotografar a Copa do Mundo. Esse é um objetivo muito pessoal. Se vou conseguir, só Deus sabe, mas estar lá, registrando um ídolo como o Cristiano Ronaldo, seria a realização de um sonho que carrego comigo desde o início.

Com olhar sensível, ética, humildade e fé, Marlon Amorim segue construindo uma trajetória inspiradora, mostrando que o sucesso vai muito além das câmeras: ele nasce da verdade, da gratidão e do amor pelas pessoas e pela vida.