Ellen de Lima – Começou sua carreira em 1950, apresentando-se no programa” César de Alencar”, destinado à descoberta de novos cantores. Participou também do programa “Alvorada dos novos”, da Rádio Mayrink Veiga. Interpretou sucessos de Ângela Maria no programa “Aí vem o sucesso”, e em 1954, foi contratada pela Socipral (Organização Victor Costa que congregava a Rádio Mayrink Veiga, a Rádio Nacional de São Paulo e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro) para apresentar-se nas duas maiores cidades brasileiras. Seu primeiro disco foram as canções “Até você”, de Armando Nunes, e “Melancolia”, de Allain Romano, em versão de Capitão Furtado. Em 1957, dedicou-se apenas ao seu trabalho na Rádio Nacional, na qual fez sucesso com seu bolero “Vício”, de Fernando César, incluído em seu primeiro LP “Só Ellen”, ainda em 10 polegadas, que trazia ainda o sucesso “Mente” (Fernando César). Em seguida, apresentou-se em vários programas de televisão e shows em casas noturnas. Em 1963, gravou o LP “Ellen de Lima”, lançado pelo selo Chantecler, com Nós (Noi) (G.Malgoni – B.Pallesi – Vrs. Julio Nagib) e Leva-me contigo (Dolores Duran), e três anos depois, o LP “Ellen… Canta”, com destaque para a canção “Na paz do seu olhar”, de João Melo, e “Você é todo mal que me faz bem”, de Umberto Silva e Paulo Aguiar. Foi contratada em 1964 pela TV Globo, onde atuou como atriz e cantora. Em 1969, gravou o LP “Ellen de Lima”, lançado pela Odeon, que incluiu “Cante, cante”, de Tito Madi, e “Somente porque te amo”, de Leci Brandão. Atuou em teleteatro ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto e no Teatro Opinião, com Paulo José e Joana Fomm, entre outros. Participou de diversos festivais e shows pelo Brasil e no exterior, apresentando-se em várias temporadas no Cassino Estoril (Portugal). Recebeu a comenda Oswaldo Cruz por sua participação como cantora na campanha da meningite. Foi eleita madrinha da Polícia Rodoviária Federal. Em 1990, recebeu menção honrosa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelos serviços prestados à música brasileira. Desde 1988, faz parte do grupo As Cantorasdo Rádio. Entre junho e outubro de 2001, ficou em cartaz vários meses no Teatro-Café Arena, no Rio, juntamente com Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves e Violeta Cavalcanti, no espetáculo “As Cantoras do Rádio: Estão voltando as flores”, espetáculo que correria o Brasil a partir de então e seria gravado em CD pela Som Livre. No show, que homenageava cantoras da época de ouro do rádio no Brasil, Ellen de Lima interpretava sucessos de Dolores Duran, como “A Noite do Meu Bem”, além de marchinhas carnavalescas dos repertórios de Linda e Dircinha Batista e também do de Carmen e Aurora Miranda.
Luciene Franco – Iniciou a carreira artística no ano de 1957, cantando no rádio. Já em 1957 gravou pela Copacabana seu primeiro disco, assinando apenas Luciene, com as músicas “Tarde morena de Espanha” (Luís Bonfá) e o “Ave Maria” (Vicente Paiva). Nessa época foi levada por Ary Barroso, que a considerava uma de suas cantoras favoritas, para cantar na boate “Friend’s” com Ernâni Filho, no Rio de Janeiro. No ano de 1958 atuou na TV Rio indicada pelo violonista Luís Bonfá. Ainda em 1958 gravou pela Copacabana as músicas “Paz de espírito” (Luiz Bonfá – Reinaldo Dias Leme) e “Eu fui de novo à Penha” (Ary Barroso). Em 1959 gravou o samba-canção “Conversa” (Evaldo Gouveia – Jair Amorim) e o samba “Não foi a saudade” (Severino Filho – Alberto Paz). Neste mesmo ano gravou as clássicas “Manhã de carnaval” e o “Samba do Orfeu” (ambas de Luiz Bonfá e Antônio Maria), as duas músicas pertencentes à trilha sonora do filme “Orfeu do carnaval”, de Marcel Camus. Em 1959 gravou o LP “Luciene, A Notável” com orquestração do maestro Severino Filho.Convidada por Ary Barroso participou da festa de aniversário do presidente Juscelino Kubitschek no Palácio Laranjeiras. Gravou um de seus maiores sucessos, “Ternura antiga” (Dolores Duran – Ribamar) em 1961, do qual foi a primeira intérprete, no I Festival da Canção (“Festival do Rio”), realizado no Rio de Janeiro no mesmo ano. Ainda em 1961 lançou o samba-canção “Poema do adeus” (Luiz Antônio). Em 1963 gravou com o cantor Moacyr Franco as canções “O bicho papão” (Rogério Cardoso) e “Luzes da ribalta (Limelight)” (Charles Chaplin – versão de Antônio de Almeida – João de Barro). Nesse mesmo ano gravou a “Gente maldosa” (Glauco Fernando Pereira), um de seus maiores sucessos. Ao todo, Lucienne Franco gravou três LPs e cerca de dez compactos duplos, tendo sido discos seus lançados no exterior, em países como a Espanha, Portugal, França e Argentina. Em 1965 fez grande êxito com sua gravação de “Ma vie” (Alain Barrière), música francesa que ficou nove meses na parada de sucessos em todo o Brasil. Outro grande sucesso foi o samba “Louco (Ela é seu mundo)” (Wilson Batista – Henrique de Almeida). Ao longo de sua carreira, Lucienne Franco se apresentou em diversos países do mundo: Portugal, Uruguai, Espanha, Itália, México e Peru. Lucienne foi a primeira cantora a gravar uma composição dos compositores Geraldo Vandré, a música “Rosa flor” (Vandré – Baden Powell), e Edu Lobo. Luciene, ausentou-se dos palcos por vinte anos para se dedicar a Hotelaria, mas voltou com força total em 2014, trazida pelo cantor Márcio Gomes, para um show histórico no Theatro Net Rio.
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