Saiba como a prática tem ajudado a engajar pessoas e a empoderar o RH, como é o caso da multinacional francesa L’Oréal
São Paulo, janeiro de 2018 – A utilização de games no recrutamento é uma tendência cada vez mais forte no mercado. O uso de mecânicas e práticas de jogos podem ser aplicadas tanto em avaliações de conhecimento no formato de quiz quanto nas apresentações corporativas. Pesquisa realizada pela M2 Intelligence mostrou que os jogos corporativos devem movimentar a cifra de 5,5 bilhões de dólares no mundo em 2018.
Mas, como efetivamente funcionam os games no recrutamento e seleção de candidatos? O jogo corporativo é baseado na Andragogia, uma metodologia de ensino para adultos com definição realizada pelo americano Malcolm Knowles, educador e um dos responsáveis por influenciar o desenvolvimento da Teoria Humanista de aprendizagem na década de 1970.
“Grandes empresas já sabem que precisam inovar seus processos de recrutamento e seleção para atrair os melhores talentos — principalmente os pertencentes à geração Y. Por esse motivo, os games de recrutamento têm ganhado cada vez mais espaço no RH das organizações”, explica Marcel Lotufo, CEO e sócio fundador da Kenoby, software de recrutamento e seleção de pessoas.
Cada tipo de jogo torna possível um ambiente de aprendizagem relevante, garantindo experiências mais significativas de compartilhamento de ideias. Os candidatos que participam da entrevista de recrutamento vivenciam e percebem os comportamentos esperados para a vaga. Uma das características mais cruciais da gamificação é a previsibilidade dos resultados, já que os processos dos jogos consistem em estruturar tomadas de decisões com diversos parâmetros e alternativas anteriormente planejadas para gerar os aprendizados esperados.
“Os profissionais mais novos estão interessados em trabalhar em organizações que possuam um ambiente desafiador e os incentive com projetos inovadores”, diz Lotufo. Isso porque os jovens são altamente digitais e nasceram em um mundo mais dinâmico. Sendo assim, os jogos estão presentes em seu cotidiano e eles fazem uso de suas mecânicas de uma forma muito fácil. “Os jogos estão sendo usados para atrair, reter e estimular o desenvolvimento desses garotos, principalmente. Consequentemente, as empresas estão se esforçando para se ajustar ao universo dessa geração”, pontua.
Cases no mundo
Um exemplo é a L’Oréal, empresa multinacional francesa de cosméticos, que utiliza os jogos corporativos há mais de uma década. Todo ano, a empresa seleciona uma de suas marcas que será o objeto de um campeonato. Os candidatos devem desenvolver um produto inédito, dentro da linha de produtos já que a companhia já possui, para um público-alvo específico.
Durante o processo seletivo, os candidatos precisam se comportar como se fossem os gestores de uma marca. Ou seja, eles não só desenvolvem o produto como também fazem pesquisas de mercado e, com base nelas, direcionam o planejamento de marketing e divulgação. A equipe vencedora conquista prêmios e participa de uma nova etapa a nível internacional. Contudo, o objetivo do jogo não é o projeto, mas os candidatos, que são analisados e os que demonstram melhor desempenho são contratados pela empresa.
“Pensar de forma inovadora e saber direcionar as mais diversas situações é muito importante no mundo profissional moderno. Como a gamificação requer essas habilidades, o candidato deve se valer de toda a sua criatividade para revelar como resolverá os desafios propostos”, justifica o executivo.
Empresas como Magnesita S/A, Banco Mercantil, MRS Logística e Lojas Rede são empresas que já adotam o game no processo de seleção e celebram os resultados obtidos, como maior sucesso nas admissões; oportunidade de medir o nível de engajamento dos candidatos; a contínua aplicação de métodos inovadores, mapeamento das competências essenciais das empresas, a exemplo do trabalho em equipe, visão estratégica, resolução de problemas e outros.
Como criar um jogo corporativo?
Para os games de recrutamento é fundamental que seja feita uma boa pesquisa com a área contratante para entender os valores, a cultura e o cenário atual da empresa. Isso é importante para fazer as correlações com o cotidiano da vaga e criar as perguntas mais desafiadoras que farão os candidatos terem os insights esperados. Com essas informações, é possível fazer um bom roteiro de jogo e gerar os aprendizados esperados.
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Sobre a Kenoby
A startup oferece um software de recrutamento e seleção, que com a ajuda da inteligência artificial, mapeia e recruta os melhores candidatos no mercado para as empresas, possibilitando redução de tempo e custos na operação. A empresa é residente do Cubo Itaú – um dos maiores centros de tecnologia, inovação e empreendedorismo do País.